quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Internetocracia!

Dizia-se que todas as estradas levavam a Roma. Ainda que exagerada, a imagem está marcada na nossa mente, recordando-nos do implacável engenho dos antigos romanos e da sua determinação em controlar um império. Durante séculos as estradas romanas ligaram províncias remotas por meio de uma teia centralizada de poder. O poder das legiões imperiais era nulo sem os meios para transportá-lo. O fluxo de comércio — o sangue vital da riqueza do império — também dependia da integridade das estradas. E como os cidadãos romanos podiam ir a todo lugar, mais ou menos sem restrições nas suas viagens, as ideias e elementos culturais circulavam com a mesma fluidez que o comércio. Tal como os romanos, nós temos usado a nossa tecnologia para construir uma infraestrutura extensa que serve para o fortalecimento da economia e para a mobilidade da sociedade. Mas por mais significativo que tenha sido isto, estas infraestruturas parecem pouco importantes em comparação com o potencial da Internet. Quase da noite para o dia, ela tornou mais fácil do que nunca o envio e recepção de informação. Ela abriu um vasto e novo mercado de ideias, e está a transformar o comércio e a cultura. E a revitalizar a própria democracia. "
A Internet é revolucionária porque é o mais democrático dos media. Tudo o que é preciso para aderir à revolução é um computador e uma conexão. Nós não observamos apenas, nós participamos, colaboramos e criamos. Ao contrário da televisão, da rádio e do cabo, cujos assalariados criam conteúdos destinados a nós pelas suas próprias razões, com a Internet qualquer cidadão é potencialmente um produtor. A prática da democracia pertence-nos, não deixemos pois que questões técnicas e de custos nos imponham limites à nossa liberdade de expressão. Por todos e para todos, porque o futuro começou ontem!

1 comentário:

Anónimo disse...

Têm-nos presos pq precisamos deles.

À medida que vai sendo mais e mais indispensável aceder à internet para conseguirmos manter-nos actualizados, conviver e fazer novos amigos, trabalhar a partir de casa, jogar online etc.. as companhias que nos fornecem o serviço vão pensando em novas maneiras de nos conseguirem extorquir mais $.

Somos obrigados a pagar, da mesma maneira que somos obrigados a respirar.

E o mesmo se pode dizer para as empresas de telemóveis.

Livrem-nos de um dia precisarmos começar a comprar oxigénio e termos empresas com as mesmas motivações que estas.