segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

A internet ao serviço dos nossos artistas

"A criar canções revestidas de melancolia, o projecto Moving Coil, do multifacetado Luís Couto, tem conseguido superar a barreira marítima que separa o Arquipélago dos Açores do Continente e, com uma simplicidade rara, tem vindo a chamar a atenção de todos aqueles que gostam de sentir na música algo mais que ritmos interessantes. A sua música respira sentimentos ao sabor do rock independente e das novas correntes da música electrónica.
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123som - O projecto Moving Coil surge como uma forma de exteriorizares a tua música. Nasceu de um processo natural de evolução musical que foi crescendo dentro de ti ou foi pensado ao pormenor?
Luís Couto (LC) - Moving Coil nasceu de um processo de evolução musical e pôde tomar forma graças à crescente acessibilidade do equipamento de gravação. No que diz respeito à minha actividade musical, nunca planeei nem pensei nas coisas ao pormenor: deixo as ideias fluírem e deixo-me levar pelo meu instinto.
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123som - Ao pensar numa ilha penso sempre num lugar isolado, sossegado e, de certa forma, um lugar que condiciona a nossa liberdade, isto porque nos limita em termos de espaço. Há uma espécie de sentimento de melancolia fruto desse isolamento... As tuas canções assumem o lado triste da vida. Esta tristeza é fruto da tua cumplicidade com os estados de espírito que uma ilha desperta?
LC - Acredito que a ilha onde vivo é propícia à melancolia: o mar sempre ao nosso redor, o tempo nublado, a sua beleza natural, o sossego. No entanto, não é este ambiente que explica a tristeza presente nas canções de Moving Coil - não me parece que exista nos músicos açorianos uma propensão natural para a escrita de canções tristes. O facto de as canções de Moving Coil assumirem o lado triste da vida tem a ver com as minhas características pessoais, com a minha forma de sentir as coisas, com aquilo que sinto necessidade de exteriorizar. Não sou, em geral, uma pessoa triste, mas sou um pouco introspectivo e bastante melancólico.
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123som -A internet é uma forma de se chegar a todo o lado. Sentes que este novo meio de comunicação tem sido importante na divulgação de novas bandas? E o 123som, achas que tem tido um papel importante nesse sentido?
LC - Sim, tem tido um papel bastante importante, e tenho apostado na medida do possível nas possibilidades que a internet oferece. E digo "na medida do possível" porque são tantos os canais para promoção de música na internet, que se torna difícil muitas vezes a escolha."
Entrevista à 123Som

1 comentário:

Anónimo disse...

Estas e outras potencialidade justificam que esta seja a maior estrada de informação da actualidade.
Por isso é que temos de eliminar "portagens" e outros atritos à velocidade e ao baixo custo.
Continuem o bom trabalho.
Obrigado.